Com oito episódios no total, todos lançados na última quinta-feira (19) na Netflix, a minissérie Corpos (Bodies, no original) trouxe grandes emoções aos assinantes da plataforma de streaming. Ao longo da narrativa, quatro detetives de épocas distantes surgem tentando solucionar o mesmo caso de assassinato.
E além do grande mistério, cujas pistas são escassas ou intrigantes, há muitas outras questões precisando de respostas sendo lançadas constantemente ao público. Confira, logo abaixo, mais detalhes sobre o desfecho da produção. Cuidado com os spoilers e aproveite!
Corpos: o que acontece no final da minissérie da Netflix?
Após diversas reviravoltas acompanhadas de perto pelos espectadores, o intitulado “Know You Are Loved” (Saiba que você é amado, em uma tradução livre) fornece algumas respostas para as principais dúvidas levantadas anteriormente pela minissérie.
O episódio final inicia mostrando Iris Maplewood (Shira Haas), em 1890, quando é levada à prisão. No local, encontra-se na mesma cela que Alfred Hillinghead (Kyle Soller).
Embora estivesse disposta a convencê-lo de ajudá-la a deter Elias (Gabriel Howell), no entanto, a personagem é surpreendida quando Hillinghead confessa que é o assassino e que fez isso para proteger seu amante, Henry Ashe (George Parker).
A partir disso, Maplewood revela que tanto ela quanto Elias são do futuro e que Harker (Michael Shaeffer) é o verdadeiro assassino. Por conta de suas ambições, um ciclo foi criado em torno do crime, algo que precisa ser quebrado.
Nesse momento, ela ainda pede ajuda para que Elias seja detido, pois ele logo irá se casar com sua própria filha, Polly (Greta Scacchi) e dará à luz a uma criança que mais uma vez culminará no nascimento do próprio Elias no século 21.
Ao deter Elias, a linhagem mudaria, Mannix (Stephen Graham), por exemplo, não existiria e o corpo de Defoe (Tom Mothersdale) não seria encontrado. Antes de serem separados, Iris ainda alerta Alfred, dizendo que Elias irá matá-lo em sua carruagem.
Posteriormente, quando há esse encontro, Alfred consegue plantar uma semente da dúvida na mente de Elias e, dali para frente, todas as suas ações são influenciadas. Ele tem um casamento infeliz com Polly e isso desencadeia uma série de eventos que quebram o ciclo para sempre.
Portanto, o loop temporal tem suas fragilidades, sendo Elias o seu principal agente. O episódio final ainda mostra Elias, já idoso, em 1941, prestes a gravar mensagens para si mesmo em 2021. Nelas, há o incentivo de seguir em frente com todos os seus planos para finalmente “ser amado”.
Contudo, esse mesmo Elias é aquele que encontrou-se com Alfred no passado e teve um casamento infeliz com Polly. Isso o motiva a gravar uma nova mensagem, dizendo que tudo o que havia dito até ali era mentira e que ele poderia se arrepender de seus atos.
É nesse momento que Charles Whiteman (Jacob Fortune-Lloyd) surge para atirar em Elias. Mas, antes que isso pudesse acontecer, ele pede para que Whiteman guarde suas mensagens e entregue a Shahara Hasan (Amaka Okafor) quando a encontrar no futuro, dizendo ainda que se seu filho o encontrar, ele o destruirá.
Seguindo as instruções, Whiteman esconde as mensagens em uma foto na parede. Ele apenas escuta os barulhos dos tiros que Elias recebe da polícia. Em 2053, contudo, Hasan já idosa tem suas memórias modificadas e ela se lembra que Whiteman deixou uma mensagem para ela em uma fotografia.
Assim, ela viaja no tempo para recuperá-la. Uma vez em 2023, a personagem se encontra com a versão mais jovem de si mesma e com o jovem Elias, que estava prestes a detonar a bomba e matar milhares de pessoas. Com isso, ele não viaja para o passado para dar início à sua linhagem e simplesmente deixa de existir.
A partir dessa questão, aquilo que Iris havia dito se concretiza e o corpo de Defoe nunca aparece em Longharvest Lane. E assim, todos os detetives voltam a ser quem eram antes de serem apanhados na conspiração de Elias.
